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Mensagem  Admin Sex Nov 16 2007, 03:22

Introdução

A Orca é uma freguesia portuguesa do concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, fazendo parte da diocese da Guarda e da antiga província portuguesa da Beira Baixa. Com 54,58 km² de área e 800 habitantes (2001). Densidade: 14,7 hab/km². Tem por orago São Francisco.
[editar]Localização

A Orca dista cerca de 24 quilómetros da sede de concelho. É das povoações mais distantes da cidade do Fundão, localizando-se a sul da área do concelho e fazendo fronteira com os municípios de Castelo Branco (a sul), Idanha-a-Nova (este) e Penamacor (nordeste). Para além do povoado principal, a freguesia é ainda constituída pelos lugares de Zebras (a sul) e Martianas (a norte). O primeiro também já foi sede de freguesia.


Designação

A designação Orca, atesta a importância do lugar desde os primeiros tempos de povoamento na Península Ibérica. De facto, orca é sinónimo para um dólmen bastante peculiar. Geralmente é um monumento megalítico constituído por uma anta de câmara poligonal e um corredor envolvido por uma mamoa. Pensa-se que a designação tenha origem sueva e visigótica.
Embora até hoje não tenha sido descoberta esta construção, têm sido variados os vestígios arqueológicos encontrados junto à aldeia da Orca, bem como junto ao lugar de Zebras. São de destacar vários vestígios pré-históricos, nomeadamente sepulturas lavradas nos grandes blocos de granito comuns nesta área. Foram também assinalados alguns castros, bem como vestígios de um passado romano, árabe e medieval.
Refira-se ainda existem as designações: a) Orc um termo celta que designa cerdo ou um javali jovem; b) Orc ou Ork que foi popularizado recentemente no romance de Tolkien, O Senhor dos Anéis, e baseado no termo latim Orcus, um dos títulos de Plutão (o senhor do mundo dos mortos), e que aparece nas línguas germânicas e nos contos de fantasia medieval como uma criatura deformada e forte, que combate contra as forças "do bem".


História

Há evidências arqueológicas que habitantes do Mesolitico pecorreram esta região entre 8000/7000 AC. No entanto desconhecemos se essa presença era permanente ou meramente temporária.
De facto, embora vestígios megalíticos assinalem uma presença humana bastante antiga, a aldeia da Orca terá crescido mais recentemente à volta de um velho Castro lusitano, nos primeiros séculos da era cristã, mas muitos séculos antes da formação de Portugal.
Vestígios romanos, visigodos e mouros atestam uma ocupação humana que, embora não tenha sido intensa, marcou de forma significativa o espaço físico envolvente, nomeadamente a disposição e parcelamento dos campos (quase sempre de grande fragilidade agrícola).
Estando na confluência de vários domínios pertencentes à Ordem dos Templários (Monsanto, Idanha-a-Velha, Idanha-a-Nova, Castelo Branco) pensa-se que a aldeia terá funcionado como área tampão entre várias vigararias da Ordem do Templo. A essa função de equilíbrio não será estranha a presença, desde os tempos visigodos, de uma ermida marcando um culto popular a Nossa Senhora da Oliveira. Segundo alguns historiadores locais, esse culto terá consistido um dos principais pontos de apoio popular à diocese de Egitânia, referenciada nas actas do Concílio de Lugo (569), tendo sido depois transladada para a cidade da Guarda, em 1199, a pedido do rei D. Sancho I.
Em 1 de Junho de 1510, D. Manuel I concedeu a Castelo Novo o seu terceiro foral, assinado em Santarém e que se insere no Livro de Forais Novos da Beira (fls. 29 e col. 1ª), que consta na Torre do Tombo. As terras localizadas na Orca eram parte integrante desse foral.
O concelho de Castelo Novo era constituído pelas freguesias de Lardosa, Castelo Novo, Orca, Póvoa de Atalaia, Soalheira e Zebras. No ano 1801 tinha 2994 habitantes.
Em 1834 o concelho de Castelo Novo foi extinto e a Orca juntamente com as freguesias de Atalaia do Campo, Castelo Novo, Lardosa, Póvoa de Atalaia e Soalheira foi anexada ao Concelho de Alpedrinha,. Este concelho, que englobava ainda as freguesias de Alpedrinha e Vale de Prazeres, existiu até 1855.
Em 24 de Outubro de 1855, a Orca passou a ser parte integrante do concelho do Fundão.


Economia

A Orca tem como principais actividades a agricultura. Devido ao êxodo populacional em direcção aos grandes centros urbanos do país e estrangeiro (sobretudo França e Alemanha), a população tem diminuído significativamente, contribuindo para o abandono de muitas explorações agrícolas, geralmente de pequena dimensão.
Sinal da pobreza dos seus solos, os principais produtos são: o azeite e a batata. Devido à existência de várias pastagens, assiste-se a uma considerável criação de ovinos e caprinos. Para além da produção de queijo de qualidade superior, a localidade de Zebras tem-se revelado importante entreposto comercial deste produto lácteo na região.
Como actividades económicas importantes ainda encontramos a panificação e a serralharia civil.


Festas e romarias

Páscoa
Pascoela (na segunda-feira seguinte à Páscoa)
Festa de Santo António
Festa de Nossa Senhora da Oliveira (Festa de Verão) (primeiro fim-de-semana de Agosto)
Festa da Senhora da Silva (Agosto)
Festa da Senhora da Cabeça (Agosto)
Natal e Missa do Galo
Passagem de Ano


Feiras

4.º domingo de Março
2.º domingo de Junho
dia 8 de Setembro
2.º domingo de Novembro


Lendas

Lenda da Senhora da Oliveira


Cultura

«O Milho da nossa Terra»,
esta canção tradicional da Beira Baixa, que Fernando Lopes Graça harmonizou para coro a capella, com grande reconhecimento do público e da crítica mais erudita, foi recolhida por este musicólogo e compositor nesta localidade.
Em meados do século passado, esta freguesia tinha um grupo folclórico e uma banda filarmónica que não sobreviveram ao decréscimo populacional.
Terra natal (e residência) de Alziro Galante, (Pai e Filho) dois dos mais conceituados acordeonistas portugueses.


Património

Orca

Capela de Nossa Senhora da Oliveira
Igreja Matriz (São Francisco)
Capela de Santo António
Casa Grande ou Casa da Orca
Monumento a Nossa Senhora de Fátima
Ponte (dita) romana (sobre a Ribeira do Taveira, afluente do Rio Ponsul)
Fontanários públicos (dos quais se destaca a Fonte do Gaguei, com parque de merendas)
Persiste ainda vestígios de uma barragem e calçada romana no leito da Ribeira dos Barreiros. Junto a esta ribeira, alguns estudiosos defendem a existência de um antigo povoado romano. Tendo sido descobertas algumas moedas desse tempo.
Subsistem suaves vestígios de uma pequena fortificação edificada sobre um Castro na zona do Penedo. Essa referência ecoa também na toponímia local: Rua e Travessa do Castelo e Beco do Reduto.
Dois quilómetros a Oeste do povoado, encontra-se a Quinta do Barbado, que foi parte de uma importante comendoria Templária dependente de Castelo Novo. Refira-se que esta quinta fica a meio caminho entre Idanha-a-Velha (antiga Egitânia) e Castelo Novo.
Existiu também uma pequena capela dedicada a São Sebastião na aldeia da Orca que foi convertida em escola primária e posteriormente em posto médico.


Zebras

Tal como na sede de freguesia, também aqui subsistem vestígios de um velho Castro na zona alta da localidade e onde, posteriormente, foi construída a Igreja das Zebras.


Martianas

Igreja das Martianas

Existem também alguns vestígios pré-históricos (pequenos dólmens e sepulturas cavadas na pedra) espalhados por toda a freguesia.


Gastronomia Local

Azeitona de mesa
Borrego à caçador
Cabrito estufado
Cabrito assado à moda da Orca
Morcela
Arroz doce
Filhóses à Beirã


Associações Culturais e Desportivas

Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Orca
Associação de Caçadores da Freguesia de Orca
Associação Cultural de Zebras


Artesanato

Para além do queijo de ovelha e do requeijão, produtos artesanais desta localidade, também se encontram:
Mantas de retalhos
Rendas e bordados regionais
Tecelagem de linho


Contactos úteis

Casa do Povo:
Centro de Dia:
Centro de Saúde:
Igreja Matriz:
Junta de Freguesia:
Largo da Feira 6230-512 Orca Telef.: 275 901 807 Fax: 275 901 871 E-mail: junta.f.orca@mail.telepac.pt


Outras informações

Junta de Freguesia de Orca
Presidente: Marco Paulo Sanches Marques Secretário: António José Teixeira Santos Tesoureiro: Rui Alexandre Gouveia Antunes
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Número de Mensagens : 53
Data de inscrição : 18/10/2007

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